PROJETO – RACISMO.
JUSTIFICATIVA – DEVIDO A NECESSIDADE DE CONTRIBUIRMOS PARA A
FORMAÇÃO ÉTICA E MORAL DOS INDIVÍDUOS PROPOMOS ESTE PROJETO QUE ABORDARÁ
SOBRETUDO A QUESTÃO DO RACISMO, DO
PRECONCEITO RACIAL E DA IMPORTÂNCIA DE FORTALECER EM CADA UM DE NÓS OS PRINCÍPIOS DA IGUALDADE, DA
SOLIDARIEDADE,DO RESPEITO, ETC.
Propostas
1-Encaminhe seus alunos para o laboratório de informática da
escola. Farão pesquisas de notícias e textos que falem sobre o
racismo,preconceito racial.
2- Os textos serão lidos e debatidos em sala de aula- circulo
de debates.
. Aspectos - Argumentação, organização de ideias, fluência, ampliação do vocabulário, formação ética e moral.
3-Trabalhe em sala de aula com músicas que abordem o tema.
Os alunos podem trazer para a sala, cantar e o professor (a) explorar a
interpretação escrita, oral e aspectos gramaticais.
Racismo É Burrice (Ao Vivo)
Gabriel O Pensador
exibições
649.758
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos
Do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar
Porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá
Para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente, infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente
Esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão
Na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O que que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil
Porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse: racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constroem seu chão
Trabalhador da construção civil, conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento
Ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia
Graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que o preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice, mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não para pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse: racismo é burrice
Como eu já disse: racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você
Gabriel O Pensador
exibições
649.758
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos
Do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar
Porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá
Para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente, infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente
Esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão
Na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O que que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil
Porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse: racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constroem seu chão
Trabalhador da construção civil, conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento
Ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia
Graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que o preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice, mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não para pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse: racismo é burrice
Como eu já disse: racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você
INTERPRETAÇÃO DA MÚSICA
- Vocês gostaram dessa música? Por quê? (Pessoal)
- Qual o problema social retratado nessa letra? (O problema do preconceito, principalmente o racial)
- Segundo Gabriel - O pensador, por que racismo é burrice? (Por que somos fruto de uma misigenação, todos somos iguais, morremos iguais, há ladrões brancos e negros, etc)
- A letra dessa música apresenta informações semelhantes a do texto lido anteriormente? Quais? (Sim, a informação de que o Brasil é um povo que tem suas origens na mistura racial, por exemplo.)
- Por que o preconceito é uma herança cultural? (Porque vem desde a época da colonização, da escravidão dos negros e, a ideia de inferioridade dos negros construídas culturalmente vem passando de pai para filho)
- O preconceito é transmitido de pai para filho? Justifique. (Sim. Muitas pessoas "aprendem" a ser preconceituosas observando atitudes de seus pais)
- O que significa fazer uma lavagem cerebral, segundo a música? (Uma reformulação de pensamento, acreditando que não há razões para descriminar ninguém)
- Segundo a música, como a elite lida com essa questão do preconceito? (A elite que devia dar um bom exemplo é a primeira a agir dessa forma. A elite tem complexo de superioridade e justifica seus atos devido a sua relação de poder com outras pessoas.)
- Por que, segundo a música, ninguém discrimiNaria um juiz - c (Porque eles têm prestígio social e, provavelmente, porque também não são negros)
- Quem é o mais "burro, segundo a música"? (Aquele que NÃO SABE que tem preconceito)
- Muitas pessoas dizem que não têm preconceito. Você concorda com essa afirmação? (Resposta pessoal)
- O que o compositor afirma sobre as piadas de negro? (Na opinião de Gabriel as piadas são sem graça e retratam a ignorância das pessoas)
- Por que o compositor afirma que ele não vai fazer uma lavagem cerebral? (Porque ele acha que cada um deve fazer em si mesmo uma avaliação e mudar de postura em relação à questão do preconceito)
- Qual o pedido que Gabriel faz a todas as pessoas? (Ele pede a pessoas para não participarem do preconceito, porque preconceito é burrice e não tem fundamento)
O professor explorará bem essas questões, deixando que os alunos digam o que entenderam da letra da música dando suas opiniões sobre o assunto.

Leve o livro e uma bonequinha preta(feita de pano)para a sala de aula, mas prepare todo o ambiente para que os alunos fiquem curiosos para saber do que se trata.
Decore uma caixa com papéis coloridos e fitas, será uma caixa surpresa e dentro coloque o livro e a bonequinha. Espalhe pela sala, cartazes pequenos com desenhos que possam levar as crianças a fazerem perguntas, desenhe por exemplo: A roupinha da boneca, o sapatinho, um gatinho, etc...
Ao abrir a caixa, mostre primeiro a boneca. Explique que ela é uma visita e que ficará alguns dias na sala. Arrume um lugar pra ela se sentar! Deixe que os alunos peguem a boneca, faça esta atividade em rodinha, todos sentados no chão da sala mesmo. Vão surgir algumas perguntas e você deverá respondê-las, anote-as, faça um registro de tudo o que está ocorrendo nesta atividade. Se possível fotografe todas as atividades.
Durante toda a semana trabalhe com o livro, mostre a capa, explore-a bem, fale sobre a autora: Alaíde Lisboa de Oliveira. Se possível, mostre aos alunos uma foto dela. Ao iniciar o conto, leia com voz suave, sem pressa, os alunos quando gostam de uma história sempre pedem para ouvir novamente, isso é ótimo! Não leia o livro todo em um único dia, vá deixando as crianças com vontade de "quero mais!"
Ao final da história procure saber deles o que mais gostaram, o que não gostaram, se mudariam algo na história, o que aprenderam com ela, você pode começar a trabalhar algumas questões a partir daí, como os nossos valores, o amor, o egoísmo, a questão de sermos diferentes com relação a cor, mas que somos todos iguais perante Deus, trabalhe o respeito ao próximo, a amizade, etc...
Sugestões de Atividades:
* Fazer com os alunos um mural com desenhos da bonequinha preta.
* Montar um quebra cabeça da bonequinha, fazer colagens, dobraduras, pintura a dedo, modelagem, alinhavo...
* Fazer uma bonequinha de pano para cada um e deixar que façam vistam a roupinha nela.
* Fazer um livrão de reconto, As crianças fazem o reconto você anota e elas desenham as cenas.
*Uma dica bem legal é fazer com os alunos o aniversário da Bonequinha Preta. Faça convites, decore a sala com balões. Neste dia, leve um bolo, docinhos, salgados e sucos, enfeite a mesa...As crianças amam esta festa, lembre-se se fotografar e não esqueça de colocar a bonequinha sentada a mesa também...
*Montar uma exposição com todos os trabalhos desenvolvidos durante este projeto, montar um painel com as fotos mostrando que todo o trabalho foi feito com muito carinho e teve início, meio e fim. Faça um livro de visitas, faça uma lembrancinhas para os visitantes(Pirulito embrulhado com aqueles papéis de bala de franjinha, de cor preta,e coloque uma fitinha vermelha, formando o cabelinho dela,faça olhinhos e boca)

Se quiser incrementar ainda mais o projeto,ou ter novas sugestões acesse o site: http://www.acordacultura.org.br/
A Cor da Cultura é um projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira, fruto de uma parceria entre o Canal Futura, a Petrobras, o Cidan – Centro de Informação e Documentação do Artista Negro, a TV Globo e a Seppir – Secretaria especial de políticas de promoção da igualdade racial.
Mais sugestões de livros acesso o site acima ou na nossa seção Dicas.
Acesse também os sites: http://pbskids.org/africa/
Site em Inglês da PBS Kids, muito bom! Um menino chamado Femi, morador da Nigéria nos leva para uma incrivel e educativa viagem à Africa.
http://www.africaguide.com/
Em inglês. Há uma biblioteca de imagens (pessoas e cultura, animais e paisagens) que pode ser acessada.
Ver também o site da editora DCL:
http://www.editoradcl.com.br/
Nele, há ideias para projetos como: A África Fantástica, além de sugestões de livros



Incentive os ses alunos a produzirem textos poéticos conforme o tema sugerido

UM POUCO DE CHARGE
TRABALHE O GÊNERO NA SALA DE AULA E APROVEITE PARA EXPLORAR A INTERPRETAÇÃO E OS ASPECTOS GRAMATICAIS QUE VOCÊ QUISER.

1- Em que falas podemos perceber o preconceito racial?Transcreva-as.
2- Na sua opinião por que a mãe deu a filha um bonequinho negro?
3- Ao dizer que iria lavar o dedo o que a personagem evidencia?
ATIVIDADES SOBRE PRECONCEITO E RACISMO - APARTHEID
1) Várias políticas ditatoriais foram
implantadas no continente africano. O apartheid foi uma política racial imposta
pela minoria branca da população, únicos com direito a voto, restando à maioria
da população, composta por negros, obedecer rigorosamente as leis separatistas.
Em qual país da África foi implantado o
apartheid:
(A)
Angola
(B)
Nigéria
(C)
Camarões
(D)
África do Sul
(E)
Jamaica
2) A repercussão negativa ao regime
político racial instalado na África do Sul envolveu a maioria da população
local (negros) e organismos internacionais como, por exemplo, a Organização das
Nações Unidas (ONU). Várias
manifestações foram realizadas contra o apartheid, sendo o principal líder
desses movimentos:
(A)
Mahatma Gandhi
(B)
Frederick de Klerk
(C)
Thabo Mbeki
(D)
Nelson Mandela
(E)
N.D.A.
3) De 1948 a 1991, vigorou na África do
Sul o regime denominado apartheid. A
esse respeito é correto afirmar:
(A) Trata-se de uma política de
segregação racial que excluía os negros da participação política, mas lhes
reservava o livre direito à propriedade da terra.
(B) Trata-se de uma política de
segregação racial que previa uma lenta incorporação da população negra às
atividades políticas do país.
(C) Trata-se de uma política de
segregação racial que excluía negros e asiáticos da participação política e
restringia até mesmo a sua circulação pelo país.
(D) Trata-se de uma política de
integração racial baseada na perspectiva ideológica da mestiçagem cultural
entre as diversas etnias negras.
(E) Trata-se de uma política de
segregação racial que propunha a eliminação gradual da minoria negra, como
forma de garantir a dominação branca.
4) Analise as Charges abaixo depois responda as
questões.
Charge 1
|
Charge 2
|
Charge 3
|
a) Na charge 1, por que a personagem
negra afirma que não há preconceito racial no Brasil?
_______________________________________________________
b) Em relação à charge 2, você
concorda com o que a personagem branca está dizendo? Por quê?
_______________________________________________________
c) Na charge 3, a mulher está sendo
preconceituosa? Por quê?
_______________________________________________________
d) Qual mensagem as três charges estão
transmitindo?
_______________________________________________________
e) Defina preconceito racial?
_______________________________________________________
PRECONCEITO E RACISMO - TRABALHANDO COM CHARGES
Dani Alves dribla caso de racismo em jogo do Barcelona

A atitude de Daniel Alves ganhou, merecidamente, mais repercussão que a vitória do clube catalão. Jornais de todo o mundo Nas redes sociais, jogadores (como os companheiros de seleção, Hulk e Neymar), artistas (Luciano Huck e Bruna Marquezine) e fãs prestaram solidariedade ao jogador e pediram o fim do racismo em estádios espanhóis.
Infelizmente, este não é o primeiro caso de racismo envolvendo jogadores brasileiros no país neste ano. No início de 2014, o outro lateral titular da seleção brasileira, Marcelo, foi constrangido na frente da família antes de uma partida válida pela Copa do Rei. Enquanto brincava com o Enzo, de apenas 4 anos, o atleta ouviu de torcedores do Atlético de Madrid que a criança (de pele mais clara) não era seu filho.
Ainda neste ano, Neymar, que apoiou o ato do amigo, foi alvo de bananas dos torcedores do Espanyol e de insultos preconceituosos por seguidores do Granada. "É uma guerra perdida", disse o próprio Daniel Alves antes do gesto elogiado de ontem. Ao menos no El Madri, estádio do Villareal, o brasileiro saiu vencedor.
Plano de Aula - Um exercício sobre o texto "Racismo", de Luiz Fernando Veríssimo
Publicado em Sábado, 14 Setembro 2013 09:54

No texto Racismo de Luís Fernando Veríssimo o patrão nega, o
tempo todo, a existência do racismo apesar de estar sendo racista. Faça
uma relação entre a atitude do patrão e a ideia da democracia racial no
Brasil. Reflita as estratégias do “silenciamento” brasileiro em relação
à afirmação da existência do racismo no Brasil, através da construção
do mito da democracia racial contextualizando historicamente seu
surgimento.
Resposta: Há várias afirmações do patrão que revelam-nos a sua
condição racista, ao mesmo tempo em que quer fazer crer que em nada tem a
ver com o racismo, vilipendia o seu interlocutor. Poderíamos citar
diversas frases que “escancaram” essa verdade. O tipo de tratamento
dispensado exemplifica muito bem o que ocorre em nossa sociedade.
Diversas são as situações em que o “sujeito suspeito” de algo errado é
sempre aquele identificado imediatamente aos estereótipos formalizados e
atribuídos aos pobres, aos que “não têm estudo”, aos negros. Mas há
sempre aquela situação em que o negro é valorizado, notadamente se é bem
sucedido, se sabe fazer graça, e assim por diante. Sabemos que, à época
do advento da República, já quiseram “apagar” as provas de que o Brasil
viveu o escravismo e que legislações foram feitas para favorecer o
“branqueamento” da população com a entrada e “nacionalização” de
europeus.
*************************************************
O Racismo
- Escuta aqui, ó criolo...
- O que foi?
- Você andou dizendo por aí que no Brasil existe racismo.
- E não existe?
- Isso é negrice sua. E eu que sempre te considerei um negro de alma branca... É, não adianta. Negro quando não faz na entrada...
- Mas aqui existe racismo.
- Existe nada. Vocês têm toda a liberdade, têm tudo o que gostam. Têm carnaval, têm futebol, têm melancia... E emprego é o que não falta. Lá em casa, por exemplo, estão precisando de empregada. Pra ser lixeiro, pra abrir buraco, ninguém se habilita.
Agora, pra uma cachacinha e um baile estão sempre prontos. Raça de safados! E ainda se queixam!
- Eu insisto, aqui tem racismo.
- Então prova, Beiçola. Prova. Eu alguma vez te virei a cara? Naquela vez que te encontrei conversando com a minha irmã, não te pedi com toda a educação que não aparecesse mais na nossa rua? Hein, tição? Quem apanhou de toda a família foi a minha irmã. Vais dizer que nós temos preconceito contra branco?
- Não, mas...
- Eu expliquei lá em casa que você não fez por mal, que não tinha confundido a menina com alguma empregadoza de cabelo ruim, não, que foi só um engano porque negro é burro mesmo. Fui teu amigão. Isso é racismo?
- Eu sei, mas...
- Onde é que está o racismo, então? Fala, Macaco.
- É que outro dia eu quis entrar de sócio num clube e não me deixaram.
- Bom, mas pera um pouquinho. Aí também já é demais. Vocês não têm clubes de vocês? Vão querer entrar nos nossos também? Pera um pouquinho.
- Mas isso é racismo.
- Racismo coisa nenhuma! Racismo é quando a gente faz diferença entre as pessoas por causa da cor da pele, como nos Estados Unidos. É uma coisa completamente diferente. Nós estamos falando do crioléu começar a freqüentar clube de branco, assim sem mais nem menos. Nadar na mesma piscina e tudo.
- Sim, mas...
- Não senhor. Eu, por acaso, quero entrar nos clubes de vocês? Deus me livre.
- Pois é, mas...
- Não, tem paciência. Eu não faço diferença entre negro e branco, pra mim é tudo igual. Agora, eles lá e eu aqui. Quer dizer, há um limite.
- O que foi?
- Você andou dizendo por aí que no Brasil existe racismo.
- E não existe?
- Isso é negrice sua. E eu que sempre te considerei um negro de alma branca... É, não adianta. Negro quando não faz na entrada...
- Mas aqui existe racismo.
- Existe nada. Vocês têm toda a liberdade, têm tudo o que gostam. Têm carnaval, têm futebol, têm melancia... E emprego é o que não falta. Lá em casa, por exemplo, estão precisando de empregada. Pra ser lixeiro, pra abrir buraco, ninguém se habilita.
Agora, pra uma cachacinha e um baile estão sempre prontos. Raça de safados! E ainda se queixam!
- Eu insisto, aqui tem racismo.
- Então prova, Beiçola. Prova. Eu alguma vez te virei a cara? Naquela vez que te encontrei conversando com a minha irmã, não te pedi com toda a educação que não aparecesse mais na nossa rua? Hein, tição? Quem apanhou de toda a família foi a minha irmã. Vais dizer que nós temos preconceito contra branco?
- Não, mas...
- Eu expliquei lá em casa que você não fez por mal, que não tinha confundido a menina com alguma empregadoza de cabelo ruim, não, que foi só um engano porque negro é burro mesmo. Fui teu amigão. Isso é racismo?
- Eu sei, mas...
- Onde é que está o racismo, então? Fala, Macaco.
- É que outro dia eu quis entrar de sócio num clube e não me deixaram.
- Bom, mas pera um pouquinho. Aí também já é demais. Vocês não têm clubes de vocês? Vão querer entrar nos nossos também? Pera um pouquinho.
- Mas isso é racismo.
- Racismo coisa nenhuma! Racismo é quando a gente faz diferença entre as pessoas por causa da cor da pele, como nos Estados Unidos. É uma coisa completamente diferente. Nós estamos falando do crioléu começar a freqüentar clube de branco, assim sem mais nem menos. Nadar na mesma piscina e tudo.
- Sim, mas...
- Não senhor. Eu, por acaso, quero entrar nos clubes de vocês? Deus me livre.
- Pois é, mas...
- Não, tem paciência. Eu não faço diferença entre negro e branco, pra mim é tudo igual. Agora, eles lá e eu aqui. Quer dizer, há um limite.
- Pois então. O ...
- Você precisa aprender qual é o seu lugar, só isso.
- Mas...
- E digo mais. É por isso que não existe racismo no Brasil. Porque aqui o negro conhece o lugar dele.
- É, mas...
- E enquanto o negro conhecer o lugar dele, nunca vai haver racismo no Brasil. Está entendendo? Nunca. Aqui existe o diálogo.- Sim, mas...
- E agora chega, você está ficando impertinente. Bate um samba aí que é isso que tu faz bem.
Luis Fernando Veríssimo
Leia o texto e faça a sua interpretação:
Racismo no Brasil?
4ª - Segundo a Constituição Brasileira, o que uma pessoa que sofre discriminação pode fazer?
Fontes:
Autor: Ilidio Teixeira
Racismo é
uma maneira de discriminar as pessoas baseada em motivos raciais, cor
da pele ou outras características físicas, de tal forma que umas se
consideram superiores a outras. Portanto, o racismo tem como finalidade
intencional a diminuição ou a anulação dos direitos humanos das pessoas
discriminadas.
Racismo
no Brasil é, no mínimo, uma atitude de ignorância às próprias origens.
Qual é o antepassado do “verdadeiro brasileiro”? Indígena (os primeiros
povos a habitar a terra do ‘Pau Brasil’)? Os negros (que foram trazidos
para trabalhar como escravos e, ainda, serviram de mercadoria para seus
senhores)? Os portugueses (que detém o status de descobridores desta
terra)? Porém, pode ser a miscigenação de todas as raças, como vemos
hoje? Afinal de contas, aqui se instalaram povos de todos os lugares do
mundo. Portugueses, espanhóis, alemães, franceses, japoneses, árabes e,
ultimamente, peruanos, bolivianos, paraguaios, uruguaios e até
argentinos vivem neste país que é hospitaleiro para com os estrangeiros
e, por vezes, hostil com sua própria população.
Quantas
pessoas mestiças nascidas no Brasil você conhece ou, pelo menos, já
viu? Quantas vezes você ouviu alguém dizer que...”meu avô era africano,
minha avó espanhola”, ou então...”meu pai é japonês e minha mãe é
árabe”? Quando representantes ‘tupiniquins’ participam de eventos
esportivos ou sociais, o que vemos são pessoas de diferentes raças, mas
apenas um sangue e somente uma paixão: o Brasil.
O
que existe por aqui é muito racismo camuflado (escondido) e que todo
mundo faz questão de não enxergar. Os alvos, mesmo que
inconscientemente, sempre são os mesmos. Negros, mestiços, nordestinos,
pessoas fora do padrão da moda, ou seja, obesos, altos demais, baixos ou
anões e, principalmente, os mais pobres sofrem com a discriminação.
Muitos não conseguem emprego, estudo, dignidade e respeito. Estes não
têm vez na sociedade brasileira!Para exemplificar isso, basta visitar as
faculdades, os pontos de encontro (como bares, danceterias, teatros e
cinemas) ou, até mesmo, se tiver mais coragem, verificar o revés da
história, ou seja, favelas e presídios. Claramente, nesses lugares, este
racismo hipócrita e camuflado vem à tona e causa espanto em muitas
pessoas que não ‘querem’ encarar a verdade dos fatos.
Segundo
a Constituição Brasileira, qualquer pessoa que se sentir humilhada,
desprezada, discriminada, etc...por sua cor de pele, religião, opção
sexual...pode recorrer a um processo judicial contra quem cometeu tal
atrocidade. Mas, neste país, a verdade é que ninguém encara isto
seriamente.
Precisamos
mudar essa difícil realidade! O brasileiro tem de valorizar suas
origens, para que um dia este país tenha condições de lutar com
igualdade pelos seus direitos e por todos nós.
Agora responda as questões a seguir.
1ª - O que é racismo?
2ª - Quais os povos que formaram o nosso país?
3ª - Segundo o texto, quem mais sofre com a discriminação?
4ª - Segundo a Constituição Brasileira, o que uma pessoa que sofre discriminação pode fazer?
http://www.infoescola.com/sociologia/racismo/
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=27063
FILMES
OS FILMES ABAIXO PODEM FOCAR O PRECONCEITO E A QUESTÃO DO BULLIN NA ESCOLA
"Menina Mulher da Pele Preta - Jennifer" (Dir.: Renato Candido de Lima) - O filme – segundo episódio de uma série com cinco – conta a história de Jennifer, uma adolescente negra moradora da periferia paulistana. Com o auxílio de programas de computador, ela altera suas fotos para clarear sua pele e alisar seu cabelo. Por meio dessa história, o filme discute a valorização do branco e do negro na sociedade brasileira.

"Cores e Botas" (Dir.: Juliana Vicente) - Uma garota negra quer ser paquita. Pode não parecer um dilema muito grande, se nem todas as paquitas fossem brancas. Por isso, a menina – apesar de se vestir e se portar como uma – não consegue se reconhecer como parte desse universo. Mais um retrato interessante da situação de exclusão dos negros dos espaços de discussão na cultura.

"A Negação do Brasil" (Dir.: Joel Zito Araújo) - Por meio de análises e depoimentos de artistas negros, o filme discute a presença dos afro-brasileiros em uma das maiores paixões nacionais: as telenovelas. Apesar de o documentário ser de 2001 e o panorama apresentado por ele – do predomínio de brancos na televisão – dar indícios de mudança, a realidade mostrada ainda se aplica ao nosso cotidiano"Olhos Azuis" (Dir.: Bertram Verhaag) - A educadora americana Jane Elliot ministra um workshop sobre racismo. Ela determina que, no contexto do workshop, quem tiver olhos castanhos ou verdes será considerado superior aos participantes de olhos azuis. Assim, ela consegue fazer com que se reproduzam as brigas e desigualdades no tratamento racial.
"Vista Minha Pele" (Dir.: Joel Zito Araújo) - O filme coloca a realidade dos negros em evidência ao propor uma inversão: narra a história de brancos e negros, em papéis trocados. A empregada da família negra rica é branca, os padrões de beleza são pautados na beleza negra etc. Nesse contexto, ele retrata a trajetória de uma aluna branca que tenta se adaptar nesse universo.
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